Criação de Filhos - Agentes de Deus - série 4
Precisamos de uma compreensão bíblica a respeito de autoridade. Se os pais não estiverem certos a respeito da natureza e extensão de sua autoridade, os filhos sofrerão grandemente. Eles jamais saberão o que esperar de você, visto que as regras estarão mudando. Com a confusão e a ausência de autoridade nunca aprenderão as normas e princípios da Palavra de Deus, a única fonte de sabedoria.
Os objetivos da criação de filhos sempre são mais nobres do que o conforto e a conveniência imediatos. Quando os pais exigem obediência por sentirem-se sob pressão, a obediência dos filhos é reduzida a uma conveniência para o pai ou para a mãe. Os pais cristãos devem ter uma clara compreensão de uma sadia e santa criação de filhos, e estes devem ser treinados no sentido de saberem que Deus sempre os chama à obediência.
Chamados para estar no comando, os pais possuem autoridade porque Deus os chama para ser autoridade sobre a vida dos filhos. Ter autoridade para agir em nome de Deus. Como um pai ou uma mãe, não exercer comando sob a sua jurisdição, mas sob a de Deus. Vai atuar e cumprir o dever que foi dado sob o comando dEle. Os pais não podem tentar moldar as vidas de seus filhos como lhe agrada, e sim como agrada a Deus.
Tudo o que faz, na tarefa de pai ou mãe, dever ser feito para empreender toda instrução, cuidado, cultivo, correção e disciplina porque Deus o chamou para esta finalidade. Conduzir os filhos no treinamento e instrução do Senhor não é simplesmente uma ordem de treinar e instruir. É uma ordem para oferecer o treinamento e a instrução do Senhor, a fim de funcionar em lugar de Deus.
Entender este simples princípio, capacita-o a pensar claramente sobre a tarefa como pais. Um agente de Deus nesta tarefa de fornecer treinamento essencial e instrução no Senhor. Pais e filhos, ambos estão sob a autoridade de Deus. Reconhecer que Deus o chamou para funcionar como agente dEle define sua tarefa como pai ou mãe.
Ao engajar-se no pastoreio dos filhos é preciso ter intimidade no relacionamento. Entender como os filhos agem e reagem. Os pais precisam expressar o que estão fazendo, para fortalecer seu filho em seus pontos fracos ou estimular seus pontos fortes. Precisam sentar juntos a fim de discutir seus objetivos, de longo ou curto prazo. Desenvolver estratégias para a criação de seus filhos. Saber o que Deus diz sobre os filhos e o que Ele requer deles. Pensar em métodos e abordagens que enfatizem a correção das atitudes do coração, e não apenas do comportamento.
O exercício da função dos pais envolve conhecer os filhos e ajudá-los a entender o padrão de Deus para o comportamento deles. Significa ensiná-los que são pecadores por natureza. Inclui apontar-lhes a misericórdia e a graça de Deus, demonstradas na vida e morte de Cristo em favor dos pecadores.
Como agentes de Deus, os pais, devem entender sua função com precisão e humildade a tarefa que tem. Saber corrigir os filhos em obediência a ordem de Deus. O foco de sua orientação pode ser aclarado pela compreensão de que a disciplina não é agir com base em sua agenda ou vontade, derramando sua ira contra os seus filhos; educar é agir como representante de Deus, trazendo as repreensões da vida a seu filho ou sua filha.
Qualquer mudança no comportamento que é produzida pela ira pecaminosa não levará os filhos a Deus. Ela os levará a afastarem-se de Deus, os conduzirá em direção à idolatria de temer o homem. Se os pais corrigirem e disciplinarem os filhos porque Deus ordena, então é necessário não confundir a tarefa com sua ira. A correção não é mostrar a ira pela ofensa deles; é lembrá-los de que seu comportamento pecaminoso ofende a Deus. A correção é demonstrar a censura de Deus contra o pecado, em especial nos assuntos que Lhe dizem respeito. Deus é o rei; portanto, os filhos devem obedecê-Lo.
Os filhos aprendem a receber a correção, não porque os pais sempre estão corretos, mas porque Deus diz que a vara da correção transmite a sabedoria, e qualquer pessoa que atende à correção mostra prudência. A criança que aceita estas verdades aprenderá a aceitar a correção. Eles entendem que seus pais são agentes de Deus designados e usados no papel de autoridade para orientá-los nos caminhos dEle.
Deus fornece a compreensão sobre a disciplina. Sua função não é principalmente punitiva; é corretiva. O principal motivo da disciplina não é vingar-se, mas corrigir. Ao disciplinar biblicamente uma crança, seus pais estão se recusando a tornarem-se cúmplices voluntários na morte de seu filho (Provérbios 19.18).
Pastoreando o Coração da Criança - Tedd Tripp
Pr. Helbert Farinha
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